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  • Foto do escritorandreafanganiello

Powerpuff yourself

Sou professora de inglês desde 2011 e gosto muito de lidar com pessoas. Recentemente me mudei e na área comum do meu prédio há umas churrasqueiras. Durante a semana as mesas servem pra eu mexer no celular e muitas crianças brincam de games nas mesas próximas. Vim estudar pedagogia e algo me chamou a atenção nas conversas dos pimpolhos: a quantidade de violência.

            Um dos temas de redação conhecidos é "qual sua opinião sobre jogos violentos de games? Influenciam negativamente crianças e adolescentes?" Por nunca ter presenciado um jovem se tornar violento por causa desses tipos de jogos, nunca achei que fossem prejudiciais. Mas também não conheço todos os jogos, aliás só jogava vídeo game na época que o Mario Bros voava e tinha que derrotar um monstro pra salvar a princesa.

           Como passo bastante tempo no celular lendo conteúdo e nas redes sociais, ouvi bastante a conversa das crianças.  Palavras e expressões como "morte", "vai morrer!", "mata!", "cemitério!" e "vou invocar espírito destruidor" me chamaram a atenção ontem. Fiquei bem alarmada. Falei com um amigo meu que identificou um dos jogos como sendo um Magic, (jogo de cartas e correspondente ao comentário de invocar espírito ruim), e me explicou que há vários temas para esses jogos. Os outros comentários eram de uns jogos online. Eu me espantei com a intensidade da violência e com a similaridade com a realidade. Não era descrição de jogos fantasiosos tipo os da Disney, com cenários e personagens irreais.

             Meu amigo me enviou links do youtube pra que eu pudesse entender melhor o universo do jogo Magic, e assisti um documentário sobre campeonatos. Só vi jovens adultos e adultos jogando, e havia uma mulher. Bom, com esse cenário grotesco, pensei eu, por isso não há mais mulheres jogando. Tem que ser tão grotesco assim? Feitiçaria pesada, vampiros... Mas as regras do jogo envolvem bastante estratégia e vários tipos de raciocínio.  Jogos medievais atraem muitos participantes. Eu comecei a jogar xadrez aos 6/7 anos... Tive aulas e participei de muitos campeonatos. Então entendo quão fascinante um jogo pode ser. Mas o xadrez sempre teve uma conotação muito positiva pra mim. 

          Claro que não cabe a mim julgar o que cada um deve ou não jogar. E nada contra os que jogam Magic. Mas, de novo, alguns temas não acho edificantes para crianças. Elas absorvem muito o ambiente ao redor, e o caráter deles está em formação. E sendo educadora... Eu me preocupei com a idade das crianças e o conteúdo com que elas estão lidando. Violência reflete a realidade? Infelizmente. Mas se a sociedade já é violenta... Os jogos também são violentos... Será que não precisamos de mais jogos interessantes, criativos, que distraiam e entretenham os jovens mas desenvolvam outras habilidades a não ser sobreviver em cenários de guerra?

         Professores podem utilizar muitos jogos benéficos em sala de aula. E tomara que os jogos sejam tão legais que a galera queira continuar jogando quando a aula acabe. 

          Professores... Sugiro um jogo. Pensei aqui e elaborei um jogo que pode ser usado em aulas de Sociologia/ Historia/Geopolitica (Geografia) /Idiomas. Sim, idiomas! Por que sempre gostei, enquanto aluna, de quão variados eram os temas abordados nas aulas de idiomas! Eis a ideia:

           Um jogo chamado "Be the hero", ou "Save the War", ou outro nome que lhes apetecerem. O cenário é real, com eventos históricos. Pode ser escolhido pelo professor, pela turma, ou sorteado. Guerra Mundial I, II, Crise de 29, etc. E os alunos escolhem um super herói,  ou uma liga de super heróis,  dependendo de quantas pessoas estiverem jogando. Dos ursinhos carinhosos, Garotas Super Poderosas (The Powerpuff Girls) aos heróis da Marwel, o céu é o limite. E pode ser jogado em formato de Magic, basta imprimir uma cartinha para cada super - herói. Achei na Internet um site (www.powerpuffyourself) que faz essas cartas das meninas super poderosas de acordo com as características de cada pessoa! Porque eu amo o universo fofo mas também curto mto estratégia. Então meu avatar poderia ser mto bem uma unicórnia!  E ao invés de "matar, matar, matar", eis o projeto proposto: escolham seus super heróis e impeçam o Hitler de "matar, matar, matar" 50 milhões de seres humanos. A História terá que ser muito bem estudada, questões éticas e morais podem ser debatidas, e os jovens podem gostar de jogar sendo super heróis em cenários reais.

         Ou que tal misturar heróis do universo de ficção científica com dilemas atuais? Como McGyver, Neo (Matrix) ou Spock resolveriam ________________? (Escolha um dilema atual ou evento Histórico). E estes heróis lidam muito com ciência,  então essa versão do jogo pode abranger mais uma matéria interdisciplinar.

          E nada impede que os alunos desenvolvam novos super - heróis com novas habilidades requeridas pelo mundo hiper - moderno. Que tal a habilidade de ______________ para resolver ____________?

           Criatividade, imaginação,  engajamento. Mas o viés da justiça, do bem prevalecer contra as atrocidades, ao meu ver, é muito importante, é vital.

           Adicionei as imagens do site Powerpuff yourself para não excluir muitas meninas deste tipo de jogo de cartas/avatares. Eu gostei! E este deve ser um dos muitos sites que criam esses avatares! Neste escolhemos a roupa e cabelo, várias características, e pra acada definição que o site cria, respondemos um quiz com 10 perguntas. Afinal, a Liga da Justiça só tem a Mulher - Maravilha nos representando. Vamos criar mais heroínas para salvar e embelezar o mundo com ternura! Cavalguem nos seus unicórnios,  garotas,  e vamos mostrar para os homens que não é porque somos mais tenras e comemos chocolate na tpm que não somos páreo para esses jogos de cartas!

Divirtam-se enquanto criam um mundo melhor!!! ☺

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